Neste dia o despertador tocou BEM cedo, era o dia de ir a Alexandria. Por isso por volta das 4h o despertador tocou, a viagem para Alexandria eram 3horas. A esta altura do campeonato eu já não ouvia o despertador (nem o Francisco a chamar), por isso a partir daqui, e a tudo o que era excursões passamos a chegar atrasados, e como bons atrasados que somos, para chegar a horas no meio do atraso, não tomamos o pequeno almoço. E lá fomos nós numa viagem de 3horas rumo a Alexandria com mais um casal de Portugueses, e o Guia mais fiche que tivemos até aqui, o Wallit (não sei se é assim que se escreve). Chegamos a Alexandria por volta das 8h e tal, fomos logo visitar as catacumbas de Kom ash-shuqqafa (não tentem dizer isto em Português. Adorei as catacumbas, apesar de não termos podido visitar tudo, porque aquilo estava "um bocado" inundado. Fiquei muito surpreendida pois estas catacumbas também tinham ossos de cavalos! Nem mais, antigamente os cavalos que eram usados para corridas eram sepultados junto aos seus amados donos <3
Nesta altura começou a tornar-se claro que o casal de Portugueses que vinha connosco não vinha para ver Alexandria mas sim para infernizar a nossa vida, sim eles pagaram 95€ para infernizar a nossa vida e dar um mergulho o mediterrâneo.
Passo a explicar, a senhora que vou tratar educadamente por gaja, porque de senhora não tinha nada. Não queria andar porque lhe doíam os pés (este síndrome já se tinha começado a manifestar no cruzeiro), para ela os templos eram todos iguais, para que ver mais? Enquanto o gajo tinha um espírito jovenil e de quem quer conhecer as coisas. Isto era muito bonito..se não fossem um CASAL! Ou seja, ela não queria andar, ele queria andar, e como se sabe..apesar de estarmos num país muçulmano quem veste as calças é a mulher. Então qual foi a "brilhante" ideia que ela teve, porque não ir à praia???? Isto até seria uma óptima ideia (não estou a brincar), se o o mesmo casal não tivesse que estar no aeroporto às 20h, o que implicava deixar Alexandria o mais tardar às 15h30, isto porque com 3horas de viagem para o cairo seriam aproximadamente 19h, mais 1hora do Cairo para o Aeroporto 20h, que era exactamente a hora que os "senhores" tinham que estar no aeroporto, para ir passar 1 dia a Bangkok. Adiante.. O casal queria nos convencer que ir ao Egipto sem tomar banho no mediterrâneo era a mesma coisa que não ir ao Egipto (eu sei e agora vocês estão a pensar no mar vermelho...esqueçam o mediterrâneo é que esta a dar! Para que ir pó Egipto, dizem vocês, não temos Espanha aqui ao lado?! pois é meus amigos... Santa Ignorância!). Quando começaram a ver que não nos iam convencer de nada, a estratégia mudou e passaram ao ataque ao guia (pobre guia).
Fomos então ver a coluna de pompeu, foi o primeiro sitio no Egipto a que foi a uma casa de banho decente! Limpinha e sem chulos(devem ter ido tomar banho para o mediterrâno), onde eles chegaram e disseram está visto, não há mais nada para ver, vamos embora! Claro que isto não foi assim, nós fomos ver as coisas a sério, e eles lá vieram, mas tinham uns diálogos infelizes tipo:
Gaja - "está ali um templo, mas aquilo não é para nós"
Eu - "Então é para quem?!"
Gaja - "para os daqui"
Eu - "mas estão ali turistas......"
E a muito custo, lá desceu as escadas para ir ao templo, onde estava fila para tirar fotografia à vaca sagrada, e aí podemos ouvir o gajo dizer-nos "Passem à frente se não nunca mais saem daqui", e aí foi ele todo lançado, mesmo à tuga passar à frente de toda a gente.
Depois de vista a coluna de Pompeu, fomos ao sitio onde estava o antigo farol de Alexandria que é hoje um forte, era também neste sitio que estava o antigo porto de Alexandria. Este sitio tinha um cheiro que dava vontade de vomitar, e não não era cheiro a maresia, nem sei dizer bem o que aquilo era, mas não me lembro de ter cheirado algo tão mau...
Fomos então visitar uma mesquita mulçulmana, onde me senti bastante descriminada, porque tive que entrar pela porta das traseiras, a porta principal era para os homens. Como estava de calções tiveram que me imprestar uma saia, os homens podem entrar de calções. Tive também que tapar a cabeça e deixar os tenis à entrada da mesquita. E ainda tive que ficar num cantinho da mesquita, que era o das mulheres, que era "protegido" por um biombo, para não se ver para o outro lado e também para separar as mulheres dos homens. A gaja é mesmo bimba. Quando entrou na mesquita ajoelhou-se e pousou a cabeça no chão (como fazem os muçulmanos para rezar), e depois começou a chorar, tanto, que veio uma muçulmana que estava realmente a rezar, atrás dela com lenços de papel (que vergonha). Segundo consta o gajo (que estava na parte dos homens com o Francisco), também fez umas cenas menos próprias, mas isso já terá que ser o Francisco a contar porque eu não estava lá (pode ser que isto seja um incentivo para ele começar a escrever um blog). Achei alguma piada quando nós entrámos para a mesquita o guia dizer-nos para não falarmos com ninguém, nem tirarmos fotos às pessoas porque ali as pessoas não são tolerantes (O guia também era muçulmano).
(Um à parte: Quando cheguei ao Egipto vi um gajo com um sinal na testa, tipo sinal de nascença. E passado uns dias vi um gajo com o mesmo sinal de nascença em Assuão. E pensei que coincidência, dois gajos da mesma família (isto porque tinham o mesmo sinal de nascença no mesmo sitio), em sítios tão diferentes. O Francisco também reparou, só que o pensamento dele foi "Que coincidência, encontrar o mesmo gajo duas vezes e em sítios tão diferentes". Quando conhecemos o guia que nos levou a Alexandria reparámos que ele também tinha o dito sinal de nascença na testa, e aí começamos a achar uma GRANDE coincidência, então perguntamos-lhe ao que ele nos explicou que os muçulmanos costumavam ter aquilo, porque para rezarem têm que por a testa e o nariz encostado ao chão, e como eles rezam cinco vezes por dia, isso multiplicado por anos, dá aquela mancha na testa.)
A seguir o meu estômago já estava a roncar, sem pequeno almoço e já era quase hora de almoço, então lá fomos nós almoçar, enquanto os gajos só falavam da praia da praia e da praia, o guia disse-lhes que podiam tomar banho numa praia bastante boa em frente ao restaurante. E se pensam que eles queriam muito ir tomar banho desenganem-se porque a mim quis-me parecer que eles não tinham pressa nenhuma.. Eu e o Francisco quando acabamos de comer fomos ao McDonald's (que era do outro lado da estrada), buscar 2 sundaes,e o guia teve que nos ajudar a atravessar a estrada, porque atravessar uma estrada de 5 faixas, onde o trânsito não para, não passadeiras nem semáforos exige ANOS de prática...
Quando voltámos do McDonald's estava o gajo calmamente a ler um livro, em vez de ir logo dar o mergulho para não atrapalhar os outros.... Depois lá fomos todos dar um mergulho (Estava a ser irónica),o guia disse-nos que a praia era paga, tipo 1€ e qualquer coisa por pessoa, de repente a vontade de tomar banho no Mediterrâneo foi-se embora a nado.. Acho que se passaram a manhã a sabotar a excursão e já que pagaram 95€ para ir tomar banho a Alexandria não era por 1€ que deviam de desistir... O gajo lá deve ter tido um rasgo de bom senso e lá pagou o euro, enquanto a gaja e nós ficámos do lado de fora da praia com o guia (sim a excursão de 5 pessoas parou, para UMA pessoa ir dar um mergulho). Entretanto já estávamos a ficar apertados de tempo (Ainda mais), e o gajo nada de vir, então a gaja foi lá chama-lo(pediu o favor aos guardas para não ter que pagar), e ele nada de vir. Passados uns 10 minutos a gaja volta-se para o guia "Vai lá chama-lo" e o pobre do guia lá foi. Aí eu tive que falar, já me tava a passar a com aquela merda que não era o guia que o tinha que ir chamar, quanto muito se alguém tinha era ela. A muito custo o gajo lá veio e fomos à biblioteca de Alexandria, chegámos lá com cerca de 40 minutos de atraso. O guia no inicio da excursão, antes da cena da praia, tinha dito que era uma hora para ver a biblioteca de Alexandria, mas como chegámos lá eram quase 15h (e recordo que tínhamos que sair de Alexandria o MAIS TARDAR às 15h30), estavam todos com pressa, menos eu e o Francisco.
A biblioteca de Alexandria é uma coisa de meter inveja, como é que num país daqueles (tipo de 3º mundo), há uma coisa daquelas e aqui nicles. Primeiro a biblioteca é ENORME, tem luz natural. Têm lá computadores, ou é possível levar-se o portátil, para quem leva o portátil tem internet e 3 tomadas (sim por pessoa) à disposição, para além todo o material bibliográfico da própria biblioteca. As colunas da biblioteca têm uma cortina de aço para caso comece um incêndio ser possível conter o mesmo sem muito estrago (a antiga biblioteca de Alexandria foi incendiada). Para além disso a biblioteca têm salas de exposições definitivas e temporárias das quais fomos ver uma, que era Alexandria ao longo dos anos, eram fotos e registos escritos da cidade com o passar dos anos. Vimos também outra exposição de pintura moderna, com o tema do antigo Egipto. Ambas as exposições eram muito bonitas. A biblioteca de Alexandria também tem um planetário, na parede exterior da biblioteca há caracteres das várias línguas, actuais e antigas. Este Edifício foi considerado edifício do ano, penso que no ano de 2006. No exterior da biblioteca podemos ver vários" livros" abertos que são na realidade bancos onde as pessoas se podem sentar!
Escusado será dizer que eu vi a biblioteca ao meu ritmo, e com isto era 16h. Os gajos viram a biblioteca toda a correr para depois irem esperar por nós na camioneta (são mesmo saloios), porque a camioneta estava ao sol e com o ar condicionado desligado..hm, tão bom, depois de ir tomar banho no mediterrâneo nada melhor que uma sauna. Quando a sauna acabou (por volta das 16h), os gajos foram à nossa procura para nos despacharmos porque eles tinham pressa. No entanto aqui a JE ainda foi para a fila da casa de banho. E depois disso lá nos fizemos ao caminho com destino ao Cairo. A esta altura do campeonato os gajos já estavam um bocado borrados com medo de perder o avião, mas as coisas estavam prestes a piorar, quando o carro começou a fazer um barulho estranho. Aí os gajos começaram a ficar ainda mais borrados, e começaram a mandar palpites "Ah isso é a correia da ventoinha, podes andar com isso assim que não têm problema", "já sei já sei o que isso é, é a correia da distribuição, o carro não se estraga se continuares a andar com isso assim", etc... Claro que o motorista a bem dizer, cagou e andou para o que eles estavam a dizer, encostou o carro e ligou para um mecânico, que lhe devia estar a dizer coisas por telefone para ele fazer (porque ele começou a testar várias coisas no carro). A esta altura o gajos começaram a ficar completamente borrados!! A viagem para o Cairo ainda mal tinha começado e o carro estava dar problemas, e eles já estavam atrasados. Nesta altura começaram a falar mesmo alto e mandar ainda mais palpites, isto até teria a sua piada se não fossemos nós também termos que os aturar (tinha MUITA piada eles perderem o voo, podiam não ir a Bangkok, mas ao menos, depois do mergulho no mediterrâneo podiam dizer que já estiveram no Egipto.) A camioneta entretanto lá seguiu viagem, mas não foi por isso que eles passaram a estar menos nervosos, às tantas começaram a "ameaçar" o guia. A dizer que se eles perdessem o avião a culpa era deles e que eles é que iam ter que se desenrascar, e depois começaram a mandar umas bocas parvas, tipo "há helicópteros no Egipto? Então é bom que já estejam a preparar um para nos levar ao aeroporto", etc etc etc. Aquilo começou a tornar-se realmente insuportável, tão insuportável que o coitado do motorista mesmo com a camioneta a fazer um barulho estranho já ia em excesso de velocidade (e se há coisa que eles cumprem no Egipto são os limites de velocidade), e o gajo também devia estar com medo, porque quando eu tirei uma foto dentro da camioneta, ele pensou que era um radar e que ia ser multado (depois lá o tranquilizamos que fui só eu a tirar uma foto). Quando entrámos no Cairo, para azar dos gajos, tinha mos chegado mesmo na hora de ponta. E se da entrada até ao aeroporto é uma hora, então da entrada do Cairo, até ao nosso hotel (meu e o Francisco), e depois do hotel ao aeroporto, acrescentado a hora de ponta nisso, era sem dúvida mais que uma hora. Só que o nosso hotel ficava no caminho do aeroporto, por isso iam por nos primeiro ao hotel. Mas às tantas os gajos já não estavam contentes com esta solução (ter medo é fodido), queriam que os deixassem primeiro no aeroporto e depois a nós no hotel, e teimavam muito com o guia, o coitado do guia lá lhes explicou várias vezes que o hotel ficava a caminho do aeroporto, e eles a muito custo lá aceitaram ficar para segundos. Entretanto como o trânsito era tanto, não dava para nos levarem mesmo ao hotel, porque se não iam perder muito tempo, então o guia perguntou-nos se nos importávamos de ir o resto a pé, e lá fomos o resto a pé, a passo rápido com o guia para ele depois ainda ir levar os gajos ao aeroporto. Nós ficamos contentes de nos termos livrado dos gajos, mas o guia ainda os ia ter que aturar (ao que parecia) por mais algum tempo, e estou certa que aquela(s) hora(s) até ao aeroporto com eles, mais pareceram dias. Os gajos só faziam exigências, como se toda a gente estivesse ali para os servir (podem ver isso na cena da praia), na véspera queriam o computador do Francisco emprestado para fazerem o check-in pela internet, quando o Francisco disse que o computador não tinha internet a gaja volta-se "ah então já não quero" (mais parecia que era ela que tava a fazer o favor ao Francisco). Apesar de tudo gostei bastante de Alexandria, a marginal deles, faz lembrar cascais. É muito bonito, mas grande parte das pessoas que vai ao Egipto não vai a Alexandria, por isso se algum de vós está a pensar ir, eu recomendo vivamente.
Quando chegámos ao hotel já era hora de jantar, e como estavamos exaustos, pensámos "bora ligar po McDonald's para eles virem entregar", lá ligámos mas os gajos não sabiam falar inglês e nós não sabíamos explicar onde era o nosso hotel. Por isso saímos para jantar, a rua principal deles (onde havia montes de fastfood), era perto do nosso hotel, Haram street era assim que se chamava. Acabámos por ir comer ao KFC. A comida é igual, mas o filete de frango é muito mais pequeno, mas a fome era muita por isso soube nos que nem gingas.
Nesta altura começou a tornar-se claro que o casal de Portugueses que vinha connosco não vinha para ver Alexandria mas sim para infernizar a nossa vida, sim eles pagaram 95€ para infernizar a nossa vida e dar um mergulho o mediterrâneo.
Passo a explicar, a senhora que vou tratar educadamente por gaja, porque de senhora não tinha nada. Não queria andar porque lhe doíam os pés (este síndrome já se tinha começado a manifestar no cruzeiro), para ela os templos eram todos iguais, para que ver mais? Enquanto o gajo tinha um espírito jovenil e de quem quer conhecer as coisas. Isto era muito bonito..se não fossem um CASAL! Ou seja, ela não queria andar, ele queria andar, e como se sabe..apesar de estarmos num país muçulmano quem veste as calças é a mulher. Então qual foi a "brilhante" ideia que ela teve, porque não ir à praia???? Isto até seria uma óptima ideia (não estou a brincar), se o o mesmo casal não tivesse que estar no aeroporto às 20h, o que implicava deixar Alexandria o mais tardar às 15h30, isto porque com 3horas de viagem para o cairo seriam aproximadamente 19h, mais 1hora do Cairo para o Aeroporto 20h, que era exactamente a hora que os "senhores" tinham que estar no aeroporto, para ir passar 1 dia a Bangkok. Adiante.. O casal queria nos convencer que ir ao Egipto sem tomar banho no mediterrâneo era a mesma coisa que não ir ao Egipto (eu sei e agora vocês estão a pensar no mar vermelho...esqueçam o mediterrâneo é que esta a dar! Para que ir pó Egipto, dizem vocês, não temos Espanha aqui ao lado?! pois é meus amigos... Santa Ignorância!). Quando começaram a ver que não nos iam convencer de nada, a estratégia mudou e passaram ao ataque ao guia (pobre guia).
Fomos então ver a coluna de pompeu, foi o primeiro sitio no Egipto a que foi a uma casa de banho decente! Limpinha e sem chulos(devem ter ido tomar banho para o mediterrâno), onde eles chegaram e disseram está visto, não há mais nada para ver, vamos embora! Claro que isto não foi assim, nós fomos ver as coisas a sério, e eles lá vieram, mas tinham uns diálogos infelizes tipo:
Gaja - "está ali um templo, mas aquilo não é para nós"
Eu - "Então é para quem?!"
Gaja - "para os daqui"
Eu - "mas estão ali turistas......"
E a muito custo, lá desceu as escadas para ir ao templo, onde estava fila para tirar fotografia à vaca sagrada, e aí podemos ouvir o gajo dizer-nos "Passem à frente se não nunca mais saem daqui", e aí foi ele todo lançado, mesmo à tuga passar à frente de toda a gente.
Depois de vista a coluna de Pompeu, fomos ao sitio onde estava o antigo farol de Alexandria que é hoje um forte, era também neste sitio que estava o antigo porto de Alexandria. Este sitio tinha um cheiro que dava vontade de vomitar, e não não era cheiro a maresia, nem sei dizer bem o que aquilo era, mas não me lembro de ter cheirado algo tão mau...
Fomos então visitar uma mesquita mulçulmana, onde me senti bastante descriminada, porque tive que entrar pela porta das traseiras, a porta principal era para os homens. Como estava de calções tiveram que me imprestar uma saia, os homens podem entrar de calções. Tive também que tapar a cabeça e deixar os tenis à entrada da mesquita. E ainda tive que ficar num cantinho da mesquita, que era o das mulheres, que era "protegido" por um biombo, para não se ver para o outro lado e também para separar as mulheres dos homens. A gaja é mesmo bimba. Quando entrou na mesquita ajoelhou-se e pousou a cabeça no chão (como fazem os muçulmanos para rezar), e depois começou a chorar, tanto, que veio uma muçulmana que estava realmente a rezar, atrás dela com lenços de papel (que vergonha). Segundo consta o gajo (que estava na parte dos homens com o Francisco), também fez umas cenas menos próprias, mas isso já terá que ser o Francisco a contar porque eu não estava lá (pode ser que isto seja um incentivo para ele começar a escrever um blog). Achei alguma piada quando nós entrámos para a mesquita o guia dizer-nos para não falarmos com ninguém, nem tirarmos fotos às pessoas porque ali as pessoas não são tolerantes (O guia também era muçulmano).
(Um à parte: Quando cheguei ao Egipto vi um gajo com um sinal na testa, tipo sinal de nascença. E passado uns dias vi um gajo com o mesmo sinal de nascença em Assuão. E pensei que coincidência, dois gajos da mesma família (isto porque tinham o mesmo sinal de nascença no mesmo sitio), em sítios tão diferentes. O Francisco também reparou, só que o pensamento dele foi "Que coincidência, encontrar o mesmo gajo duas vezes e em sítios tão diferentes". Quando conhecemos o guia que nos levou a Alexandria reparámos que ele também tinha o dito sinal de nascença na testa, e aí começamos a achar uma GRANDE coincidência, então perguntamos-lhe ao que ele nos explicou que os muçulmanos costumavam ter aquilo, porque para rezarem têm que por a testa e o nariz encostado ao chão, e como eles rezam cinco vezes por dia, isso multiplicado por anos, dá aquela mancha na testa.)
A seguir o meu estômago já estava a roncar, sem pequeno almoço e já era quase hora de almoço, então lá fomos nós almoçar, enquanto os gajos só falavam da praia da praia e da praia, o guia disse-lhes que podiam tomar banho numa praia bastante boa em frente ao restaurante. E se pensam que eles queriam muito ir tomar banho desenganem-se porque a mim quis-me parecer que eles não tinham pressa nenhuma.. Eu e o Francisco quando acabamos de comer fomos ao McDonald's (que era do outro lado da estrada), buscar 2 sundaes,e o guia teve que nos ajudar a atravessar a estrada, porque atravessar uma estrada de 5 faixas, onde o trânsito não para, não passadeiras nem semáforos exige ANOS de prática...
Quando voltámos do McDonald's estava o gajo calmamente a ler um livro, em vez de ir logo dar o mergulho para não atrapalhar os outros.... Depois lá fomos todos dar um mergulho (Estava a ser irónica),o guia disse-nos que a praia era paga, tipo 1€ e qualquer coisa por pessoa, de repente a vontade de tomar banho no Mediterrâneo foi-se embora a nado.. Acho que se passaram a manhã a sabotar a excursão e já que pagaram 95€ para ir tomar banho a Alexandria não era por 1€ que deviam de desistir... O gajo lá deve ter tido um rasgo de bom senso e lá pagou o euro, enquanto a gaja e nós ficámos do lado de fora da praia com o guia (sim a excursão de 5 pessoas parou, para UMA pessoa ir dar um mergulho). Entretanto já estávamos a ficar apertados de tempo (Ainda mais), e o gajo nada de vir, então a gaja foi lá chama-lo(pediu o favor aos guardas para não ter que pagar), e ele nada de vir. Passados uns 10 minutos a gaja volta-se para o guia "Vai lá chama-lo" e o pobre do guia lá foi. Aí eu tive que falar, já me tava a passar a com aquela merda que não era o guia que o tinha que ir chamar, quanto muito se alguém tinha era ela. A muito custo o gajo lá veio e fomos à biblioteca de Alexandria, chegámos lá com cerca de 40 minutos de atraso. O guia no inicio da excursão, antes da cena da praia, tinha dito que era uma hora para ver a biblioteca de Alexandria, mas como chegámos lá eram quase 15h (e recordo que tínhamos que sair de Alexandria o MAIS TARDAR às 15h30), estavam todos com pressa, menos eu e o Francisco.
A biblioteca de Alexandria é uma coisa de meter inveja, como é que num país daqueles (tipo de 3º mundo), há uma coisa daquelas e aqui nicles. Primeiro a biblioteca é ENORME, tem luz natural. Têm lá computadores, ou é possível levar-se o portátil, para quem leva o portátil tem internet e 3 tomadas (sim por pessoa) à disposição, para além todo o material bibliográfico da própria biblioteca. As colunas da biblioteca têm uma cortina de aço para caso comece um incêndio ser possível conter o mesmo sem muito estrago (a antiga biblioteca de Alexandria foi incendiada). Para além disso a biblioteca têm salas de exposições definitivas e temporárias das quais fomos ver uma, que era Alexandria ao longo dos anos, eram fotos e registos escritos da cidade com o passar dos anos. Vimos também outra exposição de pintura moderna, com o tema do antigo Egipto. Ambas as exposições eram muito bonitas. A biblioteca de Alexandria também tem um planetário, na parede exterior da biblioteca há caracteres das várias línguas, actuais e antigas. Este Edifício foi considerado edifício do ano, penso que no ano de 2006. No exterior da biblioteca podemos ver vários" livros" abertos que são na realidade bancos onde as pessoas se podem sentar!
Escusado será dizer que eu vi a biblioteca ao meu ritmo, e com isto era 16h. Os gajos viram a biblioteca toda a correr para depois irem esperar por nós na camioneta (são mesmo saloios), porque a camioneta estava ao sol e com o ar condicionado desligado..hm, tão bom, depois de ir tomar banho no mediterrâneo nada melhor que uma sauna. Quando a sauna acabou (por volta das 16h), os gajos foram à nossa procura para nos despacharmos porque eles tinham pressa. No entanto aqui a JE ainda foi para a fila da casa de banho. E depois disso lá nos fizemos ao caminho com destino ao Cairo. A esta altura do campeonato os gajos já estavam um bocado borrados com medo de perder o avião, mas as coisas estavam prestes a piorar, quando o carro começou a fazer um barulho estranho. Aí os gajos começaram a ficar ainda mais borrados, e começaram a mandar palpites "Ah isso é a correia da ventoinha, podes andar com isso assim que não têm problema", "já sei já sei o que isso é, é a correia da distribuição, o carro não se estraga se continuares a andar com isso assim", etc... Claro que o motorista a bem dizer, cagou e andou para o que eles estavam a dizer, encostou o carro e ligou para um mecânico, que lhe devia estar a dizer coisas por telefone para ele fazer (porque ele começou a testar várias coisas no carro). A esta altura o gajos começaram a ficar completamente borrados!! A viagem para o Cairo ainda mal tinha começado e o carro estava dar problemas, e eles já estavam atrasados. Nesta altura começaram a falar mesmo alto e mandar ainda mais palpites, isto até teria a sua piada se não fossemos nós também termos que os aturar (tinha MUITA piada eles perderem o voo, podiam não ir a Bangkok, mas ao menos, depois do mergulho no mediterrâneo podiam dizer que já estiveram no Egipto.) A camioneta entretanto lá seguiu viagem, mas não foi por isso que eles passaram a estar menos nervosos, às tantas começaram a "ameaçar" o guia. A dizer que se eles perdessem o avião a culpa era deles e que eles é que iam ter que se desenrascar, e depois começaram a mandar umas bocas parvas, tipo "há helicópteros no Egipto? Então é bom que já estejam a preparar um para nos levar ao aeroporto", etc etc etc. Aquilo começou a tornar-se realmente insuportável, tão insuportável que o coitado do motorista mesmo com a camioneta a fazer um barulho estranho já ia em excesso de velocidade (e se há coisa que eles cumprem no Egipto são os limites de velocidade), e o gajo também devia estar com medo, porque quando eu tirei uma foto dentro da camioneta, ele pensou que era um radar e que ia ser multado (depois lá o tranquilizamos que fui só eu a tirar uma foto). Quando entrámos no Cairo, para azar dos gajos, tinha mos chegado mesmo na hora de ponta. E se da entrada até ao aeroporto é uma hora, então da entrada do Cairo, até ao nosso hotel (meu e o Francisco), e depois do hotel ao aeroporto, acrescentado a hora de ponta nisso, era sem dúvida mais que uma hora. Só que o nosso hotel ficava no caminho do aeroporto, por isso iam por nos primeiro ao hotel. Mas às tantas os gajos já não estavam contentes com esta solução (ter medo é fodido), queriam que os deixassem primeiro no aeroporto e depois a nós no hotel, e teimavam muito com o guia, o coitado do guia lá lhes explicou várias vezes que o hotel ficava a caminho do aeroporto, e eles a muito custo lá aceitaram ficar para segundos. Entretanto como o trânsito era tanto, não dava para nos levarem mesmo ao hotel, porque se não iam perder muito tempo, então o guia perguntou-nos se nos importávamos de ir o resto a pé, e lá fomos o resto a pé, a passo rápido com o guia para ele depois ainda ir levar os gajos ao aeroporto. Nós ficamos contentes de nos termos livrado dos gajos, mas o guia ainda os ia ter que aturar (ao que parecia) por mais algum tempo, e estou certa que aquela(s) hora(s) até ao aeroporto com eles, mais pareceram dias. Os gajos só faziam exigências, como se toda a gente estivesse ali para os servir (podem ver isso na cena da praia), na véspera queriam o computador do Francisco emprestado para fazerem o check-in pela internet, quando o Francisco disse que o computador não tinha internet a gaja volta-se "ah então já não quero" (mais parecia que era ela que tava a fazer o favor ao Francisco). Apesar de tudo gostei bastante de Alexandria, a marginal deles, faz lembrar cascais. É muito bonito, mas grande parte das pessoas que vai ao Egipto não vai a Alexandria, por isso se algum de vós está a pensar ir, eu recomendo vivamente.
Quando chegámos ao hotel já era hora de jantar, e como estavamos exaustos, pensámos "bora ligar po McDonald's para eles virem entregar", lá ligámos mas os gajos não sabiam falar inglês e nós não sabíamos explicar onde era o nosso hotel. Por isso saímos para jantar, a rua principal deles (onde havia montes de fastfood), era perto do nosso hotel, Haram street era assim que se chamava. Acabámos por ir comer ao KFC. A comida é igual, mas o filete de frango é muito mais pequeno, mas a fome era muita por isso soube nos que nem gingas.
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