Egipto - Dia 5


Este dia começou muito cedo. Às 3h00 o despertador já está a tocar, para deixarmos o cruzeiro às 4h00. E ainda termos tempo de acabar de fazer as malas. E eu e o Francisco cheios de sono. Lá levantamos o rabo, nesta altura ainda era eu que acordava primeiro, e cheia de força de vontade acordava o Francisco, e por isso chegávamos sempre a horas! O Francisco deu-me os parabéns e deu-me um relógio novo :D (para além do iPhone 4), sim porque o 5º dia no Egipto era dia 11 de Outubro, o dia mais importante do ano, quer seja em Portugal, ou algures no continente Africano.
Começamos a por mãos à obra, tira coisas de uma mala, mete na outra, não te esqueças disto, onde está aquilo, enfim, todos aqueles preparativos que há a fazer antes de uma viagem. Mas não pensem que nós íamos deixar o Egipto! Claro que não!!! Mas este era o dia em que íamos deixar o cruzeiro e apanhar o avião novamente para o Cairo! Depois de tudo empacotado, deixámos as malas à entrada do quarto, para os senhores levarem para a recepção e posteriormente para o autocarro que nos iria levar ao aeroporto... mas antes disso...
Fomos tomar o pequeno almoço, uma coisa que eu costumo gostar bastante nos pequenos almoços dos hotéis são os ovos, o cruzeiro não tinha ovos :(
Depois do pequeno almoço tomado (que costumava ser a refeição mais completa do dia), lá fomos para a camioneta para visitar mais templos ainda em Luxor. Durante a viagem podemos assistir a um muito bonito nascer do sol, coisa rara de ver para mim e para o Francisco, vimos mais nascer do sol no Egipto em 15 dias do que em Portugal em 6 meses! A esta altura estávamos a dirigir-nos para um dos templos que está no meu top do Egipto, o templo de Hatshepsut. Para mim esta Rainha, Faraó também é das que mais gosto.
O templo de Hatshepsut tem 3 pisos, dos quais só nos foi permitido visitar o 2º e o 3º, estando o 1º fechado para obras (isto é uma boa razão para voltar ao Egipto!) No tempo de Hatshepsut aquilo que podemos ver como sendo deserto era um jardim botânico, pois antigamente um dos braços do Nilo chegava até ali. Ao lado do templo de Hatshepsut estava construído um outro templo, do qual podemos ver as ruínas que restavam e alguns sarcófagos, que mal se distinguiam pois estavam "camuflados" no meio das ruínas. O templo era lindíssimo, no entanto tivemos que sair cedo, porque às 11h da manhã ali já faziam 45º e por isso o calor era mais que muito! Nas rochas que circundavam o templo encontravam-se alguns buracos na rocha, que estavam circundados de hieróglifos, esses buracos só conseguimos ver se olharmos com atenção para a rocha (pois encontram-se alto e longe), e julga-se que tenham sido utilizados para por alimentos para as oferendas.
A seguir fomos ao Vale dos Reis, onde não nos deixaram tirar fotografias. Cada bilhete incluía a vista a 3 tumbas à escolha, havia umas que se pagava mais para se poder ver, como a do Tutankamon, que não valia muito a pena ver, na medida em que o próprio já não se encontrava lá :P Por isso vimos as tumbas de: Ramsés XI, Ramsés III e por último, a melhor e mais agressive a do Tutmósis III, e agora vocês pensam desde quando pode ser agressive? Bem acho que nunca devo ter feito algo tão radical! Tivemos que subir as escadas que podem ver na imagem, e depois de já estarmos exaustos de subir tivemos que começar a descer para dentro de uma construção que entrava dentro da rocha, descemos descemos num espaço claustrófobico, por onde não davam para passar duas pessoas, havia zonas que tínhamos que andar de cócoras, porque não havia espaço. E quando finalmente chegámos à câmara vimos que ainda havia outra por baixo, com umas escadas por onde também não davam para passar duas pessoas, e lá fomos nós! Apesar do cansaço, da sensação horrível de claustrofobia que aquilo dava. Eu amei. :D Foi uma experiência única. Pena não deixarem fotografar...
Seguimos para ver o colossos de Memnom, que são nada mais nada menos que 2 estátuas ENORMES do Faraó Amen-Hotep III. As estátuas infelizmente encontram-se bastante destruídas sendo imperceptível o rosto.
Fomos a um bar típico, onde tínhamos as bebidas incluídas, e por isso aproveitei para beber uma coca-cola, para além disso o grupo ainda pediu uma Shisha. Os egípcios quando pedem uma Shisha para um grupo de pessoas fumam todos da mesma "boca", mas têm o cuidado de dar aos turistas uma boca de plástico para cada membro do grupo. A higiene ali deixa muito a desejar. Foi também neste bar que o guia nos deu o resto da joelharia que tinhamos pedido. Isto incluía o meu anel a dizer "Sara" e o do Francisco a dizer "Francisco", confirmamos, tava tudo ok, pagamos e fomos para a camioneta. No caminho ainda encontrámos uma miúda Egípcia que não devia ter mais do que 8 anos que vendia 10 marcadores por 1€ (já não era a primeira vez que víamos a vender àquele preço, e hoje estou arrependida de não ter comprado mais) e lá comprámos e fomos a correr ter com o grupo, e a miúda corria atrás de nós a dizer que não lhe tínhamos dado 1€ mas sim 1EL. Ela insistia tanto que eu fiquei na dúvida (tinha sido o Francisco a pagar), apesar do Francisco me dizer que tinha a certeza que tinha dado 1€. enfim, lá lhe dei outro € e pedi-lhe de volta a EL, qual quê, a miúda começou a correr com o euro e a EL. Foi assim que fui enganada por uma miudinha com menos de metade do meu tamanho! (também não é por 1€ que fico pobre e eles lá vivem bué mal, mas é a cena de ter sido enganada).
Depois disto voltámos para o cruzeiro para a nossa última refeição a bordo, o almoço. Podemos dizer que não foi por ser a última refeição que estava mais saborosa! E depois do Vôo para o Cairo estaríamos livres para comer novamente aquilo que quiséssemos.
Depois do almoço fomos visitar a ilha das bananas,esta foi a segunda excursão opcional , com o valor de 35€. O meu principal interesse nesta excursão era ver crocodilos, pois segundo o guia já não existem crocodilos no Nilo, os poucos que há estão no lago Nasser, e tiram alguns do lago Nasser para fazer repovoar algumas zonas do Nilo. E ele disse-me que nesta ilha havia crocodilos.
A ilha das bananas é privada, e é basicamente um sitio onde têm plantações de várias árvores de fruto. Eles mostram nos as árvores, deixam-nos cheirar as folhas das árvores e depois podemos comer bananas e melancias à descrição. E agora estão a perguntar-se onde estão os crocodilos no meio disso tudo? Ok, O crocodilo (sim era só um), era pequenino, e estava preso num espaço minúsculo que nem devia dar para ele nadar. Fiquei super triste pelo crocodilo, porque para além das condições em que ele se encontrava as crianças da ilha ainda o atiçavam com uns paus para ele fazer barulhos e abrir a boca. Posso dizer que me senti roubada nesta excursão. Apesar da viagem de barco para ilha e de volta para o cruzeiro ter sido bastante agradável.
Voltámos ao cruzeiro, quando na realidade devíamos estar no aeroporto à cerca de uma hora. Perguntamos ao guia como é que era e ele só dizia para não nos preocuparmos. Viemos a saber depois por outro grupo de Portugueses que nos tinham alterado o Vôo, sem dizer peva! Entretanto fomos para o aeroporto muito mais cedo do que era suposto, para aproveitarem o mesmo autocarro para levar pessoas que iam apanhar voos antes e tinham também que lá estar 2horas antes. Ou seja, apanhamos alta seca, porque o aeroporto de luxor não tem assim nada para ver. E para meu azar, o voo ainda se atrasou!!! Ou seja, deixamos o cruzeiro por volta das 15h30 e só às 20h00 é que estávamos a embarcar! Vá lá que os gajos ali são simpáticos e ofereciam uma garrafa de refrigerante/água às pessoas que tinham o Vôo atrasado, e lá fomos todos contentes buscar duas pepsis. Que já vieram tarde, porque quando chegamos ao aeroporto o Francisco foi comprar uma fatia de pizza para comer e eu uma pepsi para bebermos os dois (ainda foi carota), por isso se eles tivessem dado antes as pepsis tinhamos poupado uns trocos. Aconteceu uma cena engraçada, é que na compra de um referigerante e de uma fatia de pizza eles ofereciam uma salada. E queriam à força que nós levássemos a salada apesar de já termos dito várias vezes que não queríamos eles teimavam com "it's free".
Por volta das 20h o avião chegou e nós embarcámos. Esta viagem teve muita turbulência e eu apanhei um grande cagaço quando começamos a perder altitude, e o Francisco dizia que aquilo não podia ser o Cairo, porque era muito cedo blá blá blá, eu já estava a pensar no pior. Mas pronto chegamos são e salvos ao Cairo e cheios de vontade de ir comer ao Hard Rock! Mas antes tinha-mos que ir ao hotel fazer o check in e por as malas! E assim foi. Fomos ao hotel, o quarto que nos deram desta x era consideravelmente mais pequeno que o da primeira vez, mas continuávamos com vista para as pirâmides. Perguntamos ao guia se o Hard Rock era muito longe do nosso Hotel, e ele disse que só dava para ir de taxi, mas que eram à volta de 30/40 EL no máximo. Falamos para a recepção do hotel, onde nos chamaram um taxi e depois de muito negociar, o Alonzo (o nome do taxista) lá nos fez 100 EL para ir e voltar e ele esperar por nós! Foi a nossa primeira volta no Cairo sem guia, e estávamos os dois completamente babados. Quando chegamos ao hard rock eles tinham fechado à 2 horas, ou seja a esperança de comer algo especial e como deve ser no meu dia de anos, foi-se. Mas o Francisco salvou a situação, já que tinhamos ido até ali, pago taxi, etc etc, não saímos dali sem comer! Então o Francisco foi para o Hard Rock dizer que era o meu dia de anos e que nós íamos embora no dia seguinte (para mais detalhes da conversa perguntar ao Francisco), então eles lá nos serviram! :D Sim, eles abriram o hard rock para nós. uhuh:P
Aproveitamos também para comprar umas t-shirts e um copo a dizer Hard Rock Cairo.
Saímos do hard Rock e o Alonzo já estava à nossa espera. Era engraçado porque ele tinha vários cadernos, escritos pelas pessoas que andaram no taxi dele. É uma ideia gira, nós também escrevemos.
Quando chegámos ao quarto do hotel fomos logo dormir, estávamos bastante cansados, mas muito satisfeitos com o desfecho do dia. O que melhor para jantar nos anos que hard rock? e hard rock SÓ para nós?!?!


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